sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Projeto REMCLAM vai monitorar eventos meteorológicos extremos na Amazônia


Monitorar eventos climáticos extremos, cartografar e modelar o transporte fluvial e a hidrologia da bacia do Rio Negro, avaliar o impacto que a atividade humana na Amazônia tem no clima da região, além de montar uma rede de estações de monitoramento meteorológica na Região Metropolitana de Manaus (RMM) são as principais metas da Rede de Mudanças Climáticas da Amazônia (Remclam). A rede é um projeto coordenado pela física e pós-doutora em meteorologia, Rita Valéria Andreoli de Souza. O projeto estará em execução no primeiro semestre de 2012.
O Remclam tem recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e está orçado em R$ 975,9 mil, destinados à realização das pesquisas e à compra de equipamentos. Depois de concluído o projeto, que tem duração de 24 meses, os dados obtidos e os equipamentos estarão disponíveis para estudantes, professores e pesquisadores do curso de Meteorologia e do programa em pós-graduação em Clima e Ambiente, ambos da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), onde Rita Andreoli atua como professora e pesquisadora.
De acordo com um dos pesquisadores do projeto, também físico, pós-doutor em meteorologia e professor da UEA, Francis Wagner da Silva Correia, o estudo é importante porque vai ajudar a compreender com mais exatidão a dinâmica do clima da Amazônia. Depois de finalizado o estudo, a rede de estações de monitoramento meteorológica continuará em operação e será o mais completo sistema de observação do tempo da região metropolitana.
As estações, com estimativa inicial para 20 unidades dispostas nas cidades da RMM, servirão para abastecer com dados os sistemas de previsão do tempo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), localizados em Manaus.
“Com essa rede de estações será possível, por exemplo, prevê com mais exatidão grandes chuvas ou grandes ‘ondas de calor’. Poderemos descobrir ainda em que área da cidade o ar está mais poluído, mais úmido, entre outras coisas”, explicou o pesquisador Francis Wagner. A partir de informações como esta, será possível investir no plantio de árvores em determinadas regiões da cidade, ou adotar outras medidas para diminuir os impactos negativos do tempo na vida das pessoas.
Além das metas que o projeto Remclam vai estudar existem ainda os efeitos das mudanças climáticas na temperatura da superfície do mar e sua relação com padrões de chuva, vazão dos rios e temperatura dentro da região amazônica.
http://www1.uea.edu.br/noticia.php?dest=info&noticia=19997 

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